sábado, setembro 30, 2006

Num dos dias que te fui visitar


Hoje fui-te visitar ,

Lindas flores te levei,

Logo ao chegar,

Olhei o teu retrato e chorei,

Não era para ser assim ,

Não queria sentir esta dor,

Queria-te perto de mim,

Queria o teu calor ,

Queria-te olhar,

Olhar o teu sorriso,

Contigo sorrir e chorar,

O tempo que for preciso ,

Já muitas lágrimas chorei,

Já muito sorri sem chorar,

Eu sempre achei,

Como era lindo o teu olhar ,

Ponho-me aqui te olhando,

Uma coisa tenho a certeza ,

Ponho-me recordando,

Não sei se sinto alegria se tristeza,

Recordo com grande emoção,

Recordo toda a tua beleza,

Com grande comoção ,

E muitas saudades de certeza,

Não sei bem como dizer,

Mas tu eras uma ternura,

Sem ti não sei como fazer,

Mas o meu amor por ti sempre dura,

Sinto muito orgulho em ti,

Esse orgulho não vai acabar,

Queria que estivesses aqui,

Para te poder abraçar,

Uma noite sonhei,

Que me vinhas visitar,

Só quando acordei,

É que vi que estava a sonhar,

Cada borboleta que vejo,

Julgo que és tu voando,

Não sei porque desejo,

Cada borboleta acariciando,

Estar aqui ,olhar e não te ver ,

Estar aqui e não te sentir,

Gostava tanto de te ter,

Aqui a ver-te sorri

Sempre quis o melhor para ti,

Mas não te o soube dar,

A dor que continuo a sentir,

Não a consigo explicar,

=

Sempre ouço a tua voz,

Dizer, pai ajuda-me,

E eu não te posso ajudar,

Não te pude ajudar quando me chamas-te ,

Não pude estar presente ,

E tu não esperas-te só um pouquito,

Era só um pouquito! E agora?

Agora é tarde ,

Muito tarde ,

Agora resta-me aproveitar este espaço ,

E ir escrevendo o que vou sentindo,

A cada momento que passa ,

Acreditando que possas de qualquer forma ,

Um dia me visitar .

sexta-feira, setembro 29, 2006

A felícidade de uma borboleta


Num dia em que muito choveu,

Num dia em que nada me corria bem,

Não sei bem que me deu,

Mas não queria incomodar ninguém,

Um pouco triste eu andava,

Sozinho eu me sentia,

Não sabia onde estava,

Nem sabia o que via,

Muita coisa boa anda no ar,

Eu é que não consigo ver,

Faltava ver-te voar,

Para eu deixar de sofrer,

Borboleta de sete cores,

Com essa alegria abundante,

Fizeste desaparecer minha dor,

Com esse sorriso constante,

És a minha borboleta preferida,

Isso tu sempre soubeste,

Curas sempre minha ferida,

Mais uma vez o que fizeste,

Com essa tua alegria justificada,

Que eu tive o prazer de partilhar,

Ver-te à minha frente sentada,

E eu para ti olhar,

Confesso que me emocionei,

Com tanto prazer e tanta alegria,

Algumas lágrimas eu chorei,

Contigo como companhia,

Chorei para fora e para dentro,

Chorei pela tua felicidade,

Tua alegria é meu sustento,

Digo-o com sinceridade,

Sempre acreditei no teus valores,

Sempre acreditei nas tuas capacidades,

Borboleta das sete cores,

Voas pelos campos e pelas cidades,

domingo, setembro 24, 2006

Um passeio de bicicleta

Hoje logo cedo,

Uma volta de bicicleta fui dar,

Ao olhar para cima tive medo,

Porque não me queria molhar,

Lá fui eu sempre a pedalar,

Devagar devagarinho,

Não me quero cansar,

Por isso ando sozinho,

Fui a São Martinho,

Para alguém encontrar,

Fui e vim sozinho,

Mas sempre a recordar,

Começou a chover,

Cada pingo que ternura,

Não deu para te ver,

Mas o gostinho ainda dura,

Cada gota de água macia,

Cada traço de corpo teu,

Tudo o que eu sentia ,

O meu corpo percorreu,

Saboreei cada pingo,

Saboreei cada momento,

Senti que estavas comigo,

Este era o meu sentimento,

Tu eras cada gota que caía,

Eras tu que meu corpo molhava,

Eras tu que meu corpo percorria,

Eram os teus lábios que me beijava,

Por fim a chuva lá parava,

E eu segui meu caminho,

Eras tu que me abandonava,

Tive que seguir sozinho,

sexta-feira, setembro 22, 2006

No ultimo dia de um verão



Uma gaivota não diz,

O que lhe vai no coração,

Mas como ela está feliz,

Num ultimo dia de verão

Mas que tarde maravilhosa,

Que eu havia de passar,

Fiquei muito orgulhosa,

Contigo poder passear,

Com todo este sol quente,

As tuas ondas queimar,

Não é muito frequente,

Eu gaivota, em ti pousar,

Mas foi com muito prazer,

Que te fiz companhia,

Numa tarde de lazer,

Bebendo uma sangria

Aquela praia olhando,

Sem ninguém por perto,

Parece que estou sonhando,

Mas estou bem desperto,

Nessas tuas lindas ondas brancas,

Onde eu gosto de pousar,

Mesmo quando me espancas,

Para ti gosto de olhar,

Aqui estou eu neste monte sentada,

Olhando para tua beleza,

Sou uma gaivota apaixonada,

Quero pousar em ti, tenho a certeza,

No mar me sinto bem,

O mar é meu paraíso,

Estou certo que tu também,

Basta ver o teu sorriso.

As vindimas







Ao longo de todos estes anos, que já tive o prazer de viver, tive a oportunidade de poder fazer vários tipos de trabalhos, um deles as vindimas, eram sempre pelo menos duas semanas, eu adorava imenso todo aquele aparato que era inevitável, todo aquele convívio e por as brincadeiras, depois vinha o que de facto me dava mais gozo, que era toda aquela azafama do lagar, o pisar das uvas, que agora já não se usa, o fazer o pé das uvas e depois espreme-lo. Há muitos anos que não tinha tido a oportunidade de voltar a sentir esta magnifica sensação, esta semana não andei propriamente a vindimar, mas andei no lagar a fazer aquilo que tantas vezes no passado tinha feito, e confesso que me deu imenso prazer. Derivado à minha actividade profissional desloco-me com alguma frequência por todo o meu concelho, numa dessas deslocações, quando passava junto de uma vinha, reparei na beleza dos seus cachos e não resisti em tirar-lhes estas fotos, mais à frente encontrei um grupo de pessoas a vindimar, já tinha passado para a frente, mas reparei que alguém me olhava com curiosidade, voltei a traz e fui falar com o grupo onde se encontrava um senhor com 85 anos, o senhor apresentava frescura, uma alegria, diria mesmo uma juventude que em nada parecia ter aquela idade, pedi-lhe se podia tirar-lhe uma fotografia, ele disse-me logo que sim, mas só visto a alegria com que o senhor ficou. Eu também fiquei feliz por ter tido a oportunidade de conversar com uma pessoa com aquela idade e com aquela frescura, e ter contribuído um pouco par a felicidade daquele homem, daquele senhor.

quarta-feira, setembro 20, 2006

O Pote rachado

O pote rachado

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma racha, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade.

Foi assim por dois anos, diariamente. O carregador entregando um pote e meio de água na casa do seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porem, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que ele havia sido designado a fazer. Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia à beira do poço:

- Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas.

- Por quê? Perguntou o homem. De que você está envergonhado?

- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa do seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:

- Quando retornarmos para casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.

De facto, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote:

- Você notou que pelo caminho só havia flores do seu lado? Eu, ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele. Lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher estas lindas flores para ornamentar a mesa de meu senhor. Se você não fosse do jeito que você é, ele não poderia ter esta beleza para dar graça à sua casa.

Cada um tem os seus próprios e únicos defeitos .todos nós somos potes rachados. Nunca deveríamos ter medo dos nossos defeitos. Se os conhecermos, eles poderão causar beleza. Das nossas fraquezas, podemos tirar forças.

Não sei quem é o autor deste texto, mas achei interessante e resolvi coloca-lo aqui neste espaço , acho que nos diz qualquer coisa.

segunda-feira, setembro 18, 2006

pequeno sonho durante a sesta

Hoje, depois de ter andado toda a manhã de volta das minhas coisas , foi o apanhar as abóboras ,o dar comer aos javalis foi limpar a horta, cheguei ao almoço um pouco cansado, almocei e deitei-me um pouco , durante uma hora, não sei se dormi se sonhei acordado, lembro-me de acordar a sorrir , acho que andei voando com uma borboleta muito bonita , tinha as cores do arco ires , e eu tinha-me acabado de apaixonar por ela ,não só pela sua beleza ,mas também pela sua simplecidade e pela sua inteligência ,enfim sonhos! Aqui se vê como os sonhos ás vezes também nos fazem sorrir .

sábado, setembro 16, 2006

Empreendimento do bom sucesso

Ontem apeteceu-me ir espairecer um pouco , e fui pela beira da lagoa de Óbidos , fui até ao Vau , e depois desci até á ponta da lagoa , desfrutar um pouco daquela magnifica paisagem ,e até saborear um pouco alguns momentos bons que lá passei, depois fui espreitar o tal grande campo de golfe.

Há muito tempo que eu ouvia falar no grande empreendimento do Bom sucesso, junto á lagoa de Óbidos , pelo que me diziam, eu imaginava que fosse de facto um empreendimento muito grande, só nunca pensei que tivesse a dimensão que tem .

É uma cidade com campo de golfe 18 buracos ,com hotéis ,piscinas e com muita vegetação ,muitas arvores , principalmente laranjeiras e oliveiras.



sábado, setembro 09, 2006

Sentado á tua espera

Todos os dias sinto a tua falta,

Todos os dias te procuro,

Todos os dias chamo por ti,

Nunca te encontro ,

Nunca me respondes…

Hoje procurei-te aqui ,

Na nossa casa,

Junto ao teu computador ,

Chamei-te e tu,

Não estavas , não estavas!

Apenas me respondeu ,

No meio do silencio da nossa casa ,

Alguém a chorar convulsivamente,

Já te procurei na nossa horta ,

Já te procurei na nossa mata ,

Agora estou aqui sentado,

No que era para ser o teu,

O teu campo de ténis ,

Onde nós tanto trabalhamos,

Onde tu tanto transpiraste ,

Eu estou esperando ,

Eu queria jogar contigo ,

E tu não vens,

Porquê?

Eu sei que não podes vir,

Mas eu vou esperar sempre,

Na esperança de um dia te encontrar ,

Se tu não vieres, eu sei que não vens,

Mas um dia irei ter contigo,

Hei-de te encontrar,

E hei-de te abraçar de verdade,

Deixa-me acreditar

Um enxame no meu qintal




Hoje por volta das duas da tarde quase que era atacado por este enxame de abelhas que apareceu no meu quintal, a atirar-lhe com algumas mãos cheias de terra lá consegui que pousassem, esperei mais ou menos uma hora, até estarem completamente sossegadas para tirar estas fotos, agora estava a precisar de uma colmeia, para que elas habitem e trabalhem nas condições adequadas , mas como não tenho jeito para abicultor, vou procurar alguem entendido neste assunto.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Sentado olhando as estrelas


Estou sentado a ver as estelas,

Ninguém responde aos pensamentos,

Tenho medo desta duvida,

E de voltar ao sofrimento,

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De certeza a incerteza ,

Pouco tempo passou,

O sorriso tornou-se agonia,

Não sei porque estou aqui,

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Porem o teu sorriso,

Mostra-me que queres Amor,

Não sei que fazer,

Se continuo nesta dor,

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Mentir-te não sou capaz,

Isto é tudo novo para ti,

Talvez as estrelas me ajudem,

A perceber como vai ser o fim

inicío do sonho

Hoje eu vi,

Vi o início do fim,

Vi porque estava a dormir,

Começou com explosões,

Primeiro longe,

Depois mais perto,

Até chegar a mim,

Eu vi

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Vi o horizonte baixar,

Senti as sensações,

O cérebro a rodar,

O estômago em convulsões,

Mas quando chegou ,

Eu não vi o,

Mas vi o início,

Não vi o fim,

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Vi a terra a rodar,

Vi o céu a escurecer ,

Senti e ouvi,

Da terra o estremecer,

Tudo era negro,

Tudo era feio,

Eu vi,

Mas não vi o fim,

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Eu vi,

Vi porque dormia,

Talvez seja assim,

È feio o fim?

Não sei !

Eu vi mas dormia,

Não vi o fim,

Vi o início e acordei.

quinta-feira, setembro 07, 2006

limpesa de graffitis


Hoje fui surpreendido, ao ser convocado para assistir a uma demonstração de limpeza de graffitis , das fachadas dos edifícios,e sem saber bem porque , a determinada altura dou comigo a ser o único anfitião ,dos técnicos da empresa que procedia á demonstração, mas tudo bem , embora eu não faça parte de nenhuma equipa de limpezas. Parece-me um pouco ridículo, assim sem mais nem menos, vamos limpar os graffitis ! Que custa umas boas centenas de euros , então e na noite a seguir não serão colocados outros no mesmo sitio ? Tudo bem!, as fachadas estão uma vergonha, estão cheias de graffitis sem qualquer qualidade , e também acho que devem ser limpas ,mas acompanhada de uma sensibilização dos intervenientes, da escolha de alguns locais , para ai sim , poderem expandirem e dar largas á sua imaginação , mas?, que tenham alguma qualidade, de resto ,deveria haver por parte das autoridades, um controle mais apertado, não seria preciso nenhum chicote ,mas era com certeza necessário que se começasse a perceber que temos sempre de respeitar os outros , temos de respeitar as coisas dos outros , mesmo devagarinho que fosse, era importante, era importante que se começasse já , estou convencido que daqui a alguns anos , não muitos, estaríamos todos com uma postura muito mais correcta .