Em cada um de nós, em cada ser humano, existe um ditador, que se revela quando cada um quer por em prática os seus desejos, quer fazer prevalecer os seu objectivos não olhando a meios. Quando estamos dispostos em pisar quem quer que seja com o fim de cumprir-mos a nossa própria vontade. Quando os outros deixam de contar para nós, se por acaso acharmos que estorvam a concretização dos nossos planos ou a nossa realização pessoal.
Sendo assim, a democracia não é um remédio para a ditadura.
A democracia ( que talvez nem sequer exista na realidade) não passa de um sistema que poderia e deveria facilitar que não houvesse ditadores, se não fosse manipulado por homens. E que ainda nada nem ninguém curou o coração e a mente dos homens. O único remédio que me parece estar ao nosso alcance ( já que não é possível eliminar a semente primitiva do ódio e da destruição) consiste em tornar o homem capaz de dominar( entre outras coisas) o impulso que o leva a subjugar os outros para satisfazer as suas próprias vontades. Existe de facto no ser humano um defeito crónico, que não se pode eliminar, mas acho que se pode controlar, é preciso que todos façamos um esforço nesse sentido, haja consciência. A consciência é realmente uma grande virtude…
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