quinta-feira, agosto 30, 2007
quarta-feira, agosto 29, 2007
Alma perfumada
Poucas coisas, realmente,
Em nossas vidas são valiosas, e
Simplesmente o acto de olhar alguém,
De ver alguém especial, sorrir, é
Algo que me importa, muito,
Que também me faz sorrir,
Um encontro na rua, que,
Que não foi marcado,
Uma mesa de café,
Uma pata de veado,
Uma flor que é,
Como um cravo perfumado,
Palavras soltas do momento,
Sobre tudo, e sobre nada,
Importa é o sentimento, e
A nossa alma perfumada…
terça-feira, agosto 28, 2007
Um momento meu
No meu cantinho,
Mais uma vez sozinho,
Hoje: Escrevo, sem saber bem o quê
Nem porquê, apenas porque sim…
Não me importa se há razões, ou se as razões
Serão válidas aos olhos de quem as consiga ler
Aqui estou, onde estou sempre, enrolado nos
Quês, e porquês, da minha vida, procurando
As respostas que não encontro e, por vezes
Encontrando factos, que respondem a perguntas
Que eu nunca fiz…
Gosto de sentir cada minuto que passa, mas
Por vezes, sinto que o tempo passou sem eu
Dar conta.
Suspiro fundo: olho à minha volta, o meu
Gato ali deitado no tapete, de vez em quando
Me pisca os olhos, depois se rebola com
O seu ar de piegas…

Que guarda muitos anos de recordações de
Momentos lindos, bonitos que já foram
Hoje apenas recordações…
No silencio do meu cantinho, ouço à minha
Volta, o gemer de saudade, do que mais belo
Eu tive, mas que perdi, perdi…
Fiquei com a recordação, com a recordação…
Já é tarde, e a minha filhota me chama,
Quer vir desfrutar um bocadinho deste cantinho,
Que também é o dela, tenho de ir andando e deixa-la
Usufruir um bocadinho, que ela merece…
Estou olhando tudo o que me rodeia, e o sentimento é,
Tudo isto faz parte de mim…
Foi um momento meu, BEM HAJAM
domingo, agosto 26, 2007
Num dia de trovoada
Momentos

No meio desse teu quente
Onde me aqueço
Onde transpiro
Nesse teu meio

Ouço o som do teu bater
Aprecio a subtileza do teu deslizar
Saboreio a frescura das tuas águas
terça-feira, agosto 21, 2007
Poema do amigo aprendiz
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade,
sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias..
Fernando Pessoa.
De férias
É normal toda a gente que trabalha, com o aproximar do verão ficarem cada vez mais ansiosas por irem de férias, uns dizem que estão muito cansados, outros dizem de outra maneira, vou recuperar forças para mais um ano de trabalho, o que é praticamente a mesma coisa. Uns são viciados em praia e até ficam pela sua zona, outros acham mais fino irem lá pra baixo, e há ainda os que acham que ficar no país não é ter férias. Eu confesso que também gosto de tudo isso, mas o essencial não será isso, para mim as férias ideais seriam: ser capaz de parar o tempo onde eu quisesse, parar o som dos ponteiros do relógio e ouvir só o bater do meu coração, e aí saborear o tempo como o meu coração me mandasse.
domingo, agosto 19, 2007
Ana moura- os buzios ao vivo
Ana moura ontem no parque D. Carlos 1º em Caldas da Rainha, apesar da pequena brisa que se fazia sentir, não deixou de ser um bonito espectáculo, tal como já tinha sido na noite anterior com as vozes da rádio. A fazer lembrar os espectáculos que ali se realizavam noutros tempos.
quarta-feira, agosto 15, 2007
sexta-feira, agosto 10, 2007
Diferenças
As pessoas se conhecem, se falam, se olham, convivem umas com as outras, ás vezes se tocam, se riem, se acariciam, outras se apaixonam. Mas em vez de pontes, constroem densos muros, porque já foram magoadas, rejeitadas, traídas, desencantadas, ou desiludidas, porque já lhes mentiram, ou porque não lhes disseram a verdade e se aproveitaram de sua ingenuidade, sua fragilidade e sinceridade, porque lhes levaram quase tudo, e quase tudo foi demais: como na canção do Paulo Gonzo…
As pessoas reagem à dor, quase que deitando fogo pelas narinas,
ou como um animal ferido que lambe as suas cicatrizes
recolhido em sua toca.
As pessoas choram, gritam, partem tudo, ou simplesmente
emudecem e ficam vazias.
Por vezes construir muros torna-se imprescindível par a sobrevivência.
É preferível permanecerem isoladas, do que abrir uma porta e arriscar a
sofrer de novo.
Há pessoas que não constroem um só muro, mas
grandes muralhas espessas.
Há pessoas que preferem muros de palha, e quando vem o vento,
esquecem as mágoas.
Um dia, uma janela esquecida, é abertura para o muro deixar de
fazer sentido.
Nesse dia, chega de novo o amor para ajudar a cicatrizar o que
surgiu do nada, mas que o
tempo não conseguiu.