terça-feira, dezembro 11, 2007

É tempo de viver

Um homem, quando vive não apenas por viver, quando passa pela vida e teima em querer viver, dá consigo, muitas vezes, sem perceber os obstáculos que por vezes lhe barram o caminho, dá consigo, muitas vezes, à margem da própria vida.
Tenta encontrar-se a si próprio, nas ruas mais oblíquas, ou nos montes mais altos que se estendem pelo horizonte. Um homem não desiste de ser quem é, só porque é diferente do que dizem ser um homem. Nem mesmo que se sinta só, mesmo que as palavras que escuta sejam apenas aquelas que lhe diz a solidão. Mesmo que, estar só, lhe tire as palavras em que se esconde o silêncio.
Se um sorriso se esboça mesmo ao lado dos seus passos, o tempo deixa de ser o vazio em que os sonhos se perdiam. Assim, é um desafio ter sempre o tempo consigo. Estar de mãos dadas com a ternura só pelo prazer de estar, e saborear toda a frescura do seu toque, exprimir todos os nossos sentimentos nos gestos que nos enlaçam, porque os gestos dizem tudo, até falam da beleza que irradia no infinito.
Quando as mãos se tocam, quando os lábios se misturam na beleza de outros lábios, quando no peito se sente o calor de outro peito, e se sente o avultar de toda a sua alegria, assim talvez se explique a razão da vida. Aproveitamos o tempo, é tempo de a viver…

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